Hiperpersonalização: a nova era da IA centrada no ser humano

abril 10, 2025

Nos últimos anos, testemunhamos uma mudança profunda na forma como nos relacionamos com a tecnologia. A chegada de soluções cada vez mais centradas no usuário abriu espaço para um novo paradigma: a hiperpersonalização. Muito além de oferecer experiências “customizadas”, essa abordagem impulsionada por inteligência artificial está moldando uma era em que os sistemas se adaptam proativamente aos desejos, comportamentos e necessidades de cada pessoa — em tempo real.

E essa transformação não é só técnica — é relacional. Estamos vivendo o surgimento de agentes inteligentes que entendem o nosso contexto, aprendem com cada nova interação e agem de forma empática. Isso muda tudo. A forma como consumimos, aprendemos, trabalhamos e até como tomamos decisões passa a ser mediada por tecnologias que aprendem a pensar — e sentir — como a gente.

É sobre esse movimento que a Globant vai falar na masterclass do Web Summit 2025: Human-Centric AI and Intelligent Agents: The Hyper-Personalization Revolution. Neste artigo, antecipamos os principais insights desse encontro e exploramos como as empresas podem — e devem — se preparar para esse novo momento da experiência digital.

Muito além da personalização: o que é hiperpersonalização?

Personalizar é apresentar um conteúdo relevante com base em dados básicos: nome, localização, histórico de compras. Hiperpersonalizar é ir muito além disso. É aplicar inteligência para compreender o contexto, as intenções, as emoções e os comportamentos do usuário, e entregar experiências únicas e em constante evolução.

Um relatório da Deloitte revela que 80% dos consumidores têm maior probabilidade de comprar de marcas que oferecem experiências personalizadas. No entanto, o mesmo estudo aponta que a personalização tradicional já não é suficiente para gerar diferenciação. O público espera mais. Espera que a tecnologia o compreenda — e o antecipe.

A hiperpersonalização acontece quando a experiência digital deixa de ser uma resposta e passa a ser uma proposta inteligente e proativa. E isso só é possível com agentes de IA capazes de operar em múltiplas camadas de dados, aprendendo continuamente e se adaptando a cada nova interação.

Os agentes de IA como protagonistas da experiência digital

Você já interagiu com um agente de IA hoje — mesmo sem perceber. Seja numa plataforma de streaming que sugere o próximo conteúdo antes de você terminar o atual, num chatbot que entende o seu humor, ou num app de saúde que ajusta suas metas com base no seu sono e nível de estresse. Esses exemplos representam apenas a superfície do que os agentes inteligentes são capazes de fazer.

Mas afinal, o que define um agente de IA?

  • Autonomia: pode tomar decisões sem depender de comandos explícitos. 
  • Capacidade de aprendizado: evolui com cada nova informação e interação. 
  • Adaptação em tempo real: responde de forma personalizada e contextualizada. 
  • Interação natural: compreende linguagem, sentimentos e intenções humanas. 

Ao combinar essas capacidades com sistemas de automação inteligente, esses agentes passam a atuar como parceiros digitais, integrados ao cotidiano das pessoas e ao core business das empresas.

Na prática, isso significa que o agente de IA não apenas responde a uma dúvida, mas aprende com o contexto daquela dúvida para antecipar a próxima. Ele não apenas recomenda um produto, mas entende seu momento de vida e propõe uma solução completa. E faz isso com empatia.

IA com empatia? Sim, e é isso que a diferencia

A hiperpersonalização só faz sentido se vier acompanhada de uma abordagem verdadeiramente centrada no ser humano. Isso significa que os agentes não devem apenas ser eficientes — eles precisam ser relevantes, respeitosos e emocionalmente inteligentes.

De acordo com o relatório Global Human-Centered AI Market, a expectativa é que o mercado de IA centrada no ser humano atinja US$ 30 bilhões até 2032. E esse crescimento tem uma explicação clara: em um mundo cada vez mais digitalizado, o diferencial competitivo está na capacidade de criar conexões reais com as pessoas.

Na Globant, chamamos isso de empatia algorítmica. É quando os sistemas aprendem não apenas o que o usuário faz, mas como ele se sente — e respondem de acordo com esse sentimento. É um novo patamar de relacionamento entre humanos e máquinas.

Hiperpersonalização aplicada: o impacto nos negócios

A aplicação de soluções hiperpersonalizadas está transformando setores inteiros. Veja alguns exemplos:

Agentes de IA na Saúde

Plataformas de saúde digital estão usando automação inteligente e IA para oferecer planos de cuidado altamente personalizados, que consideram desde predisposições genéticas até sinais emocionais. Isso permite tratamentos mais eficazes, preventivos e centrados na experiência da pessoa.

Agentes de IA no Varejo

Marcas de e-commerce usam agentes de IA para identificar padrões de consumo e comportamento de navegação em tempo real. Isso permite antecipar desejos e oferecer sugestões antes mesmo de o usuário verbalizar sua necessidade. A taxa de conversão sobe. A satisfação também.

Agentes de IA nas Finanças

A hiperpersonalização bancária transforma o modelo tradicional de relacionamento com o cliente. Em vez de oferecer produtos padronizados, bancos agora disponibilizam soluções financeiras dinâmicas, ajustadas ao perfil de risco, hábitos de consumo e metas individuais.

Agentes de IA na Educação

Soluções educacionais hiperpersonalizadas adaptam conteúdo, ritmo e linguagem ao estilo de aprendizado de cada estudante. Além disso, os sistemas são capazes de identificar desmotivação ou dificuldades cognitivas, oferecendo suporte direcionado no momento certo.

A jornada é contínua — e cocriada

O mais interessante da hiperpersonalização é que ela não é um destino, mas uma jornada contínua. Cada clique, deslizar de tela ou hesitação do usuário alimenta os sistemas para que eles aprendam, se ajustem e melhorem — quase como se crescessem junto com a pessoa.

Essa jornada se torna ainda mais poderosa quando há cocriação. Em vez de apenas consumir uma experiência, o usuário passa a influenciá-la ativamente, com base em feedbacks explícitos ou implícitos. Os agentes inteligentes não só interpretam esses sinais, como também propõem novas possibilidades — transformando a experiência em algo verdadeiramente vivo.

Transformamos a experiência digital com IA e empatia

Na Globant, acreditamos que a tecnologia só faz sentido quando potencializa o que há de mais humano. Por isso, nossas soluções combinam IA, ciência de dados, design e negócios com foco total no impacto positivo para as pessoas e organizações.

Temos trabalhado com clientes de diferentes setores para implementar ecossistemas de hiperpersonalização que aumentam a fidelização, reduzem custos operacionais e geram inovação contínua.

Mais do que entregar tecnologia, ajudamos marcas a repensar sua cultura digital, colocando o usuário no centro e adotando agentes de IA e automação inteligente como motores estratégicos de diferenciação.

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